Setembro Vermelho 2S: uma cultura de solidariedade

outubro 15, 2018
Estimular os profissionais, especialmente os mais jovens, para que eles olhem para as pessoas verdadeiramente como pessoas deve fazer parte da formação de talentos. Por Soraya Meszaros* Desde 2015, realizamos, aqui na 2S, a campanha Setembro Vermelho 2S. E a ideia da ação é a mais simples possível: fazer o bem. Nos últimos anos, percebi […]

Estimular os profissionais, especialmente os mais jovens, para que eles olhem para as pessoas verdadeiramente como pessoas deve fazer parte da formação de talentos.

Por Soraya Meszaros*

Desde 2015, realizamos, aqui na 2S, a campanha Setembro Vermelho 2S. E a ideia da ação é a mais simples possível: fazer o bem. Nos últimos anos, percebi que a empresa como um todo abraçou a ação, o que levou o número de doadores a crescer nesse período, mesmo que aos poucos – de 124 a 155. Nada fizemos de diferente para isso: usamos a mesma estratégia de divulgação. Ocorre que o engajamento passou a existir de maneira orgânica. Ou seja, mais do que um número que aumenta a cada ano, esse resultado mostra que o estímulo à solidariedade e o aculturamento social podem criar hábitos. E isso é muito poderoso.

Muitos colaboradores passaram a valorizar a ação de tal maneira que já se programam para estarem disponíveis e aptos a doar sangue nesse período. A Mayra Lopes, analista de adm. vendas, é um exemplo dessa transformação de mindset – aquele que coloca a chance de ajudar o próximo em prioridade. Ela começou a trabalhar conosco em 2016, pouco tempo antes do início da campanha, e adorou participar pela primeira vez. Em 2017, no entanto, ela havia feito recentemente uma tatuagem, por isso não pode colaborar – quem faz tatuagem precisa esperar 12 meses para ser doador. Então, para 2018, ela programou a coleta para o mesmo dia em que faria a nova tatuagem. Tudo para poder contribuir com a campanha e fazer a sua parte, não só neste ano, mas em 2019 também.

Esse é o tipo de situação que mostra que, aos poucos, estamos alcançando o nosso objetivo, que é fazer com que as pessoas se conscientizem não apenas sobre a importância de se doar sangue regularmente, mas de exercitar o seu poder de ação em benefício do outro.

Eu também me lembro muito bem de quando criamos a campanha e começamos a ouvir a experiência de nossos colaboradores. Um caso em especial é muito marcante para mim: estávamos em uma reunião comercial, em uma sexta-feira, explicando a iniciativa para o time, quando o gerente de contas Péricles Borin, levantou a mão e passou a contar a experiência dele como uma pessoa que já teve a necessidade de receber sangue. Foi emocionante ouvir como uma ação tão simples e rápida pode ser absolutamente importante e marcante na vida de alguém.

Estamos em um ano atípico, com embates e disputas ideológicas que parecem tornar a sociedade mais agressiva e criar um ambiente de difícil convivência. Por isso, relembrar esses episódios e criar novos deles, na campanha deste ano, tem um significado ainda maior. É lindo observar como as pessoas se organizaram e, assim, quebraram essa sensação coletiva de falta de empatia.

Estimular os profissionais, especialmente os mais jovens, para que eles olhem para as pessoas verdadeiramente como pessoas deve fazer parte da formação de talentos. Isso tem um impacto em todas as esferas da vida e, profissionalmente, desenvolve uma senioridade completa, e não apenas técnica. Esse despertar do olhar para o outro aflora a percepção de que as relações humanas vão muito além de números e oposições, em um exercício que pode até não salvar o mundo, mas, de pouquinho em pouquinho, contribui para isso.

Como psicóloga e profissional de RH, digo mais uma vez que a campanha Setembro Vermelho 2S foi um sucesso, mas não só porque envolveu o nosso time. É muito satisfatório saber, inclusive, que ex-funcionários se movimentaram sozinhos e participaram da ação porque acreditam na importância desse ato de solidariedade. O mesmo vale para as empresas parceiras e concorrentes que convidamos e aceitaram participar da iniciativa pela causa. Juntos, tornamos possível essa cultura de troca altruísta – e nada, nada pode ser mais relevante, em termos de resultado, do que isso.

*Soraya Meszaros é gerente de recursos humanos da 2S Inovações Tecnológicas.

Alguns números sobre a doação de sangue no Brasil e no mundo

– Atualmente, 1,6% da população brasileira doa sangue – o que significa um índice de 16 doadores para cada grupo de mil habitantes.

– 42% dos doadores no país são jovens de 18 a 29 anos.

– 3,4 milhões de doações de sangue são feitas por ano no Brasil.

– No Brasil, 1,9% dos brasileiros doam sangue regularmente.

– Das 112,5 milhões de doações coletadas em todo o mundo, cerca da metade é registrada em países de alta renda, onde vive apenas 19% da população global.

– Uma única bolsa de 450 ml pode salvar até quatro vidas.

Fontes: Ministério da Saúde / Organização Mundial de Saúde (OMS) / EBC

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